O Papa Bento XVI conversou com o Dalai Lama nesta sexta-feira, mas o Vaticano, que tem relações muito complicadas com a China, fez com que a visita do líder exilado do budismo tibetano fosse discreta.
Um porta-voz do Vaticano confirmou que a visita aconteceu na manhã da sexta-feira, mas disse que se tratou de um encontro "estritamente privado e de natureza estritamente religiosa".
O nome do Dalai Lama não apareceu na lista de pessoas recebidas pelo Papa no boletim diário do Vaticano, como costumam constar os nomes da maioria dos visitantes, incluindo líderes religiosos.
O Dalai Lama, que está em visita à Itália, recebeu o mesmo tratamento discreto quando se reuniu com o Papa João Paulo II, em 2003.
Os soldados comunistas da China invadiram o Tibet em 1950 e derrubaram o governo budista. Desde então, a China tem tratado com severidade os tibetanos que reclamam autonomia política e religiosa.
Pequim não mantém relações diplomáticas com o Vaticano desde 1951, dois anos depois que o Partido Comunista subiu ao poder.
A China deseja que o Vaticano corte os laços com Taiwan, a ilha soberana que Pequim diz se tratar de uma província separatista, antes que as conversas sobre o restabelecimento de relações diplomáticas possam começar.
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