O líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, fará em novembro uma visita de uma semana a um Estado indiano disputado pela China, disse um assessor na quinta-feira. A visita deve irritar Pequim, que reivindica parte do território do estado de Arunachal Pradesh.

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O Dalai dará lições espirituais a partir de 8 de novembro a seguidores em Tawang, no estado de Pradesh.

"Sua Santidade voará diretamente de Guwahati para Tawang em 8 de novembro", disse o assessor Tenzin Taklha à Reuters. Guwahati é uma importante cidade do nordeste da Índia.

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A visita já provocou consternação na China, que reivindica cerca de 90 mil quilômetros quadrados do território de Arunachal Pradesh, no trecho próximo à fronteira entre os dois países, os mais populosos do mundo.

Num momento em que Índia e China disputam a supremacia regional, Pequim pode ver na visita do Dalai Lama um estímulo à luta tibetana e à dissolução territorial da China.

Cerca de 500 tibetanos, a maioria monges e monjas, fizeram uma passeata com velas em Dharamsala, na Índia, sede do governo tibetano no exílio, para denunciar supostas execuções de quatro tibetanos em Lhasa por causa dos protestos antichineses do ano passado.

Os órgãos públicos de Lhasa, capital do Tibete, não responderam a reiterados pedidos para confirmar ou negar as execuções.

O Dalai Lama fugiu do Tibete em 1959, após uma frustrada rebelião contra o regime chinês. Ele vive desde então em Dharamsala, cidade montanhosa no norte da Índia.

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A viagem do Dalai Lama foi anunciada dias antes de os premiês de Índia e China se reunirem na Tailândia para tentar amenizar a tensão por causa da disputa na fronteira.

Índia e China lutaram uma guerra rápida em 1962 e, apesar do aumento no comércio bilateral dos últimos anos, a desconfiança entre os governos continua.