Quase 60 pessoas morreram em confrontos envolvendo rebeldes e milícias tribais em maio em Darfur, no mês mais violento nessa região sudanesa desde que a ONU começou a contabilizar números, em janeiro de 2008.
A situação se agravou desde que o principal grupo rebelde de Darfur, o Movimento da Justiça e Igualdade, anunciou no começo de maio seu afastamento das negociações destinadas a encerrar o conflito de sete anos.
"Houve 491 mortes confirmadas e 108 mortes não confirmadas", disse uma fonte da Unamid (força de paz da ONU e da União Africana).
A cifra equivale a cerca de cinco vezes o número médio de mortes em 2009, segundo Alex de Waal, especialista em Sudão, que relatou o aumento no seu blog "Making Sense of Sudan" (blogs.ssrc.org/sudan/).
O conflito opõe rebeldes subsaarianos a milícias árabes patrocinadas pelo governo. O Ocidente acusa o governo local de genocídio, algo que Cartum nega. O Tribunal Penal Internacional já decretou a prisão do presidente do país, Omar al Bashir.
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