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polêmica

David Cameron nega ultimato a ministros para que apoiem a permanência na UE

Cameron durante encontro com o G7, nesta segunda-feira (8) | CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS
Cameron durante encontro com o G7, nesta segunda-feira (8) (Foto: CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, negou, nesta segunda-feira (8), ter ameaçado com uma eventual demissão os ministros que se pronunciem a favor da saída do país da União Europeia (UE). A suposta advertência provocou indignação na ala antieuropeia do Partido Conservador.

“O que disse ontem foi mal-interpretado. O Partido Conservador está satisfeito que teremos uma renegociação (com Bruxelas), uma reforma (da UE) e um prazo para o referendo. Há uma completa unidade sobre isto”, declarou Cameron em uma entrevista coletiva ao fim da reunião de cúpula do G7 na Alemanha.

Cameron fez, no domingo, o que foi interpretado como uma ameaça diante dos primeiros sinais de rebelião no partido contra a postura oficial sobre o referendo da UE. O premier aceitou convocar até o fim de 2017.

“Se você quer fazer parte do governo, tem que aceitar a ideia de que estamos envolvidos em um exercício de renegociação (com a UE), que conduzirá a um desfecho de êxito. O governo não é neutro nisto”, disse Cameron à imprensa, segundo os jornais The Guardian e Daily Telegraph.

Cinquenta deputados conservadores advertiram Cameron no domingo que pretendem defender a saída do país da UE se Bruxelas não aceitar concessões importantes.

O líder deste novo grupo, denominado Conservadores pelo Reino Unido (CFB), o deputado Steve Baker, respondeu a Cameron que alguns preferem renunciar a fazer campanha pela permanência na UE.

O premier luta por uma renegociação para recuperar poderes cedidos a Bruxelas e promete que apoiará a permanência na UE se considerar os resultados satisfatórios.

Os conservadores, que têm uma forte corrente antieuropeia, culpam Bruxelas pelo aumento da imigração e desejam a possibilidade de impor limites, tanto às chegadas como aos direitos de cobrar subsídios dos recém-chegados, o que questionaria os princípios de livre circulação e de não discriminação da UE.

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