O primeiro ministro britânico David Cameron visitou na manhã desta sexta-feira (28) um projeto social na Favela da Maré, na zona norte do Rio. Acompanhado de atletas medalhistas olímpicos em Londres, Cameron visitou as oficinas de esportes oferecidas a cerca de 1.500 crianças e adolescentes da comunidade, como boxe, capoeira, judô e jiu-jitsu.
Acompanhado de uma comitiva, o primeiro ministro percorreu as instalações da ONG Luta pela Paz, conversou com as crianças participantes das oficinas e até aprendeu alguns movimentos de judô com os atletas ingleses que treinavam com os jovens brasileiros. "É um projeto brilhante que está realmente ajudando crianças para que elas tenham um belo futuro", afirmou na saída do encontro.
Durante a visita, Cameron falou às crianças que se encontraria com a presidente Dilma Rousseff nesta tarde e perguntou o que eles gostariam de saber dela. Uma adolescente questionou a falta de escolas de ensino médio e profissionalizante na comunidade e se a presidente poderia fazer algo para melhorar a situação. O primeiro-ministro prometeu levar à pergunta à presidente.
Cameron também se reuniu com oito jovens que participam do Conselho de Jovens da ONG sobre os problemas do complexo de favelas da Maré. "Falei para ele que não adianta querer mudar a comunidade escondendo ela com esse muro para a avenida. O desenvolvimento tem que vir de dentro", afirmou a Graziela Barbosa, de 19 anos, que há cinco frequenta a ONG e participa de aulas de boxe, informática e inglês.
O legado dos Jogos Olímpicos do Rio também foram lembrados na conversa. "Falamos sobre a importância de os projetos terem continuidade após 2016, para que as atividades de esporte e educação não terminem", comentou Rayanne Soares, de 15 anos. As duas jovens acompanharam o primeiro ministro na chegada ao complexo de favelas. Sob forte esquema de segurança, David Cameron desembarcou no Batalhão da Polícia Militar localizado a poucos metros da ONG e percorreu a pé o trecho até a sede das oficinas.
Desde o início da manhã, policiais militares ocupavam as ruas no entorno da ONG armados de fuzil e com o apoio de dois veículos blindados e um helicóptero. A favela da Maré não está pacificada e o controle do tráfico na comunidade é disputado por diferentes facções criminosas.
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