Pelo menos 85 mil pessoas perderam suas vidas entre 2004 e 2008 por causa da violência no Iraque, segundo o primeiro relatório oficial do governo do país sobre o número de vítimas desde o início da guerra. Divulgado pelo Ministério de Direitos Humanos iraquiano na noite de terça-feira (13) como parte de um estudo maior sobre a situação dos direitos humanos no país, o documento informa que 85.694 pessoas foram assassinadas entre 2004 e 2008 e que 147.195 ficaram feridas neste mesmo período.
A agência de notícias Associated Press fez um levantamento em abril, baseado em estatísticas do governo, segundo o qual cerca de 87 mil pessoas teriam morrido entre 2005 e o início de 2009. O número de mortos no Iraque é uma tema controverso, e críticos dos dois lados do cenário político acusam os opositores de manipularem os dados para influenciar a opinião pública. Como o Iraque se tornou cada vez mais violento após a invasão de 2003, é cada vez mais difícil acompanhar de forma independente os dados sobre os mortos.
O relatório é fundamentado nos atestados de óbito emitidos pelo Ministério da Saúde e representa a primeira compilação de dados do órgão desde o início da guerra, em 2003. Informações de 2003 são muito difíceis de obter, já que não havia um governo no período - só restabelecido em meados de 2004. O relatório descreve os anos que se seguiram à invasão liderada pelos Estados Unidos, que depôs o regime de Saddam Hussein, como extremamente violentos.
"Por meio de ataques terroristas como explosões, assassinatos, sequestros e o deslocamento forçado, esses grupos fora-da-lei foram responsáveis por esses dados terríveis que representam um grande desafio ao domínio da lei e para o povo iraquiano", afirma o documento.
O relatório também apresenta alguns dados mais específicos, informando que 1.279 crianças e 2.334 mulheres foram mortas. Também indica que 263 professores universitários, 21 juízes, 95 advogados e 269 jornalistas morreram no período. O número também inclui 15 mil corpos não identificados que não foram reclamados pelas famílias e foram enterrados em cemitérios especiais.
Ataques
A polícia iraquiana e funcionários médicos disseram que três explosões quase simultâneas foram registradas na cidade sagrada xiita de Kerbala, matando pelo menos seis pessoas. Um policial afirmou hoje que a primeira explosão ocorreu nas proximidades de um dos principais templos da cidade. As outras duas aconteceram pouco depois num segundo templo.
De acordo com a polícia, pelo menos 40 pessoas ficaram feridas nos ataques. As mortes foram confirmadas por um funcionário do hospital de Kerbala. Tanto os policiais quanto o funcionário do hospital falaram em condição de anonimato. Apesar da queda da violência no Iraque, os insurgentes continuam a atacar civis, especialmente xiitas e seus templos.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink