Curitiba O recado que os norte-americanos deixaram nas urnas foi bastante claro: eles estão insatisfeitos com a política do presidente George W. Bush no Golfo Pérsico e querem mudanças. Quem encontrar caminhos menos tortuosos para os conflitos da região, seja democrata ou republicano, ganha pontos para a corrida presidencial de 2008.
Sabendo que Bush não pode recuar, os democratas, que a partir de janeiro serão maioria na Câmara e no Senado dos EUA, põem suas cartas na mesa. Os rumos da estratégia norte-americana no Golfo Pérsico terão, a partir de agora, um elemento novo: a pressão dos democratas que sonham em voltar à Casa Branca. Eles querem, por exemplo, que se defina um calendário para a retirada das tropas americanas do Iraque.
Alguns especialistas parecem muito céticos sobre a margem de manobra dos republicanos daqui para frente. Chega-se a dizer que Bush irá simplesmente terminar o seu mandato sem as grandes reviravoltas políticas que construíram seu estilo de governo.
Além do Golfo Pérsico, outros temas também serão afetados pela nova composição parlamentar (confira textos abaixo). A adesão ao Protocolo de Kyoto é um deles. Sob os holofotes, o democrata Al Gore (aquele que quase foi presidente dos EUA no polêmico pleito de 2000) promete sacudir o Congresso para que os EUA assumam sua responsabilidade como o maior poluidor do planeta.
Os ventos da mudança, porém, não parecem muito favoráveis aos latino-americanos. O caráter protecionista da agenda democrata, apostam os analistas, fará a balança pender ainda mais para o lado americano nos acordos comerciais.
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