Responsabilizando o regulamento eleitoral da França, a rede de TV privada Canal Plus anunciou nesta quinta-feira (26) que renuncia à organização do debate previsto para o próximo sábado entre a candidata socialista ao Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, e o líder centrista, François Bayrou, terceiro colocado no primeiro turno realizada no último fim de semana, com cerca de 18% dos votos.
Segundo o Canal Plus, a emissão do debate desrespeitaria as regras de igualdade ditadas pelo Conselho Superior do Audiovisual (CSA) para os dois finalistas das eleições presidenciais: Royal e o conservador Nicolas Sarkozy.
O debate televisionado, que tinha sido negociado entre as equipes de campanha de Royal e de Bayrou, e interessava especialmente à socialista, que tenta obter os votos destinados a ele no primeiro turno, constituía uma situação inédita no país, pois entre os dois turnos o tradicional é organizar um tête-à-tête apenas entre os dois finalistas.
"As regras do CSA impõem uma estrita igualdade de repartição do tempo de palavra entre os candidatos à eleição presidencial" e, por isso, o Canal Plus explicou "não está em condições de produzir o debate" entre Royal e Bayrou.
Durante a campanha eleitoral oficial, o CSA obriga rádios, televisões e imprensa a cumprir um princípio de estrita igualdade na repartição do tempo de palavra aos candidatos.
Pelo fórum organizado pelo sindicato dos representantes da imprensa regional (SPQ) em Paris está previsto que passe amanhã Sarkozy às 9h (4h de Brasília) e duas horas depois Royal, que pretendia que seu tempo fosse destinado a esse tête-à-tête com o ex-candidato centrista e que pudesse ser retransmitido pelas câmaras de uma televisão pública, mas o SPQR se negou.
Na manhã desta quinta, Royal acusou Sarkozy de ter pressionado o SPQR para impedir a participação de Bayrou, algo que os representantes do órgão negaram categoricamente.
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