O avanço nas negociações nucleares entre seis países, marcadas para esta semana em Pequim, pode depender de uma quantia equivalente a meio por cento do comércio exterior da Coréia do Norte que está bloqueada em uma cidade longe do tema.
Autoridades de Macau congelaram o dinheiro - cerca de 24 milhões de dólares - depois que Washington classificou o Banco Delta Asia, no final de 2005, como suspeito de auxílio em atividades de lavagem de dinheiro de tráfico de droga e outras ações ilícitas por parte de Pyongyang.
Depois da medida, a Coréia do Norte boicotou as negociações por mais de um ano, fez teste com mísseis, explodiu seu primeiro aparato nuclear e transformou a liberação dos recursos, ou parte deles, em pré-condição para o progresso das negociações.
No ano em que o dinheiro foi congelado, a Coréia do Norte fez mais de 4 bilhões de dólares em comércio - sendo mais de 1,3 bilhão de dólares em exportações e cerca de 2,7 bilhões de dólares em importações, segundo a Agência de Promoção de Comércio e Investimento Coreano, de Seul.
Então o que há de tão especial em 24 milhões de dólares?
``A quantia pode ser limitada, mas as repercussões são maiores e somam mais do que este valor'', disse Zhu Feng, especialista em segurança internacional da Universidade de Pequim.
Especialistas e autoridades dos EUA dizem que a medida cortou a Coréia do Norte do sistema financeiro internacional.
``Eles fazem a maior parte de suas operações bancárias internacionais através de Macau'', disse Roger Barrett, consultor que vive em Pequim e é especialista em Coréia do Norte. O banco negou irregularidades, mas depois cortou negócios com entidades norte-coreanas e implementou políticas e procedimentos contra lavagem de dinheiro.
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