Sete pré-candidatos do Partido Republicano às eleições americanas de 2024 participaram do segundo debate antes das primárias de janeiro nesta quarta-feira (27), na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, localizada na Califórnia, Estados Unidos.
O embate foi marcado por críticas ao favorito na disputa pela legenda, o ex-presidente Donald Trump, que afirmou no final de agosto que não estaria presente nas discussões públicas, devido à grande vantagem diante dos demais candidatos.
Logo aos 16 minutos, o principal adversário do ex-presidente, o governador da Flórida Ron DeSantis, iniciou as discussões contra Trump, dizendo que ele era um "desaparecido no combate".
O pré-candidato, que já elogiou o republicano em outros momentos, acusou Trump de ter inflado a dívida nacional dos EUA durante sua gestão na Casa Branca.
O ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, acompanhou DeSantis nas críticas, chamando o ex-presidente de “Pato Donald” e afirmando que ele “se esconde atrás de seus tacos de golfe” em vez de defender comparecer aos debates públicos.
Enquanto alguns pré-candidatos deram destaque ao "sumiço" do ex-presidente no embate, o vice-presidente durante o governo do republicano (2017-2021), Mike Pence, focou no histórico de Trump à frente da Casa Branca.
Segundo o político, Trump errou ao centralizar as ações no governo federal durante sua gestão, questão que será melhor trabalhada por ele, que "devolverá o poder aos estados", caso seja definido como o candidato do Partido Republicano.
Imigração
Outro tema de destaque no debate desta quarta-feira (27) foi a crise migratória enfrentada pelos EUA. Para Chris Christie, essa é uma das principais questões pautadas em seu projeto político.
O ex-governador de Nova Jersey prometeu enviar a Guarda Nacional para a fronteira com o México já "no primeiro dia" de seu governo.
A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, que é filha de imigrante indianos, também apresentou uma medida para conter a onda de migrações, principalmente de latinos, para os estados americanos.
Segundo ela, o governo federal deve interromper a ajuda externa a países da América Latina, de onde vem a maioria dos imigrantes ilegais. "Deveríamos interromper a ajuda a países da América Latina e só depois de 'consertamos' o sistema de imigração e tornarmos as fronteiras seguras, é que voltaríamos a investir mais dinheiro na região", afirmou.
O pré-candidato novato na política, Vivek Ramaswamy, que também é filho de imigrantes indianos, disse que uma de suas propostas é revogar a cidadania de crianças nascidas ilegalmente no território americano.
Já o senador da Carolina do Sul, Tim Scott, aproveitou a discussão para incluir o presidente Joe Biden nas críticas. De acordo com o político, em vez de se juntar ao sindicato dos trabalhadores do setor automotivo em greve, o democrata deveria estar na fronteira sul defendendo o país da entrada de milhares de pessoas.
Pouca discussão sobre o aborto
De acordo com a emissora americana CNN, demorou quase duas horas para os candidatos falarem sobre o aborto.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, foi o primeiro a ser questionado sobre o assunto, quando um dos organizadores do debate perguntou se os republicanos deveriam temer uma reação eleitoral frente ao tema.
DeSantis, responsável por assinar uma proibição estadual de interrupção da gravidez em até seis semanas, em abril, rejeitou a perspectiva. Em seguida, o pré-candidato voltou a criticar Trump que considerou a nova leis um “um erro terrível”.
O último a falar sobre o assunto foi Christie, afirmando que conseguiu defender a posição pró-vida nos dois mandatos que exerceu como governador de Nova Jersey. Após a afirmação, a discussão foi encerrada, sem que nenhum outro candidato se pronunciasse.
Participaram do debate Chris Christie, ex-governador de Nova Jersey, Ron DeSantis, governador da Flórida, Doug Burgum, governador de Dakota do Norte, Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, Mike Pence, ex-vice-presidente dos EUA, o jovem empresário Vivek Ramaswamy e Tim Scott, senador da Carolina do Sul.
Eleições de 2024
As eleições americanas estão marcadas para acontecer em 5 de novembro do próximo ano.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ainda é o favorito a disputar a corrida eleitoral pelo Partido Republicano.
Atualmente, ele enfrenta quatro processos na Justiça americana, enquanto se prepara para tentar concorrer ao segundo mandato presidencial.
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