O suposto membro do ETA Eneko Gogeaskoetxea conhecerá na segunda-feira a primeira decisão da justiça britânica sobre sua extradição à Espanha, país que exige sua volta para julgá-lo por "15 crimes de terrorismo".
A juíza responsável pelo caso, Daphne Wickham, anunciará sua decisão às 14H00 local (12H00 de Brasília) na Corte de Magistrados de Westminster da capital britânica, mais de um mês depois de uma audiência de dois dias na qual acusação e defesa apresentaram seus argumentos sobre o caso.
Gogeaskoetxea, de 44 anos, que, segundo as autoridades espanholas, pertenceu ao comando "Katu" da organização armada basca, poderá recorrer da decisão.
O suposto membro do ETA, detido desde julho na prisão londrina de Belmarsh, é acusado de uma tentativa de regicídio durante uma visita de Juan Carlos I a Bilbao (norte) para inaugurar o museu Guggenheim no dia 18 de outubro de 1997, e da morte de um policial autônomo basco durante a preparação do suposto atentado, cinco dias antes.
As outras acusações que figuram nas oito euro-ordens emitidas pelas autoridades espanholas, cada uma das quais inclui, segundo a defesa, ao menos um crime passível de extradição, se referem a uma suposta participação em vários atentados cometidos pelo comando "Katu" em 1996 e 1997.
Incluído desde 2001 na lista antiterrorista da União Europeia (UE), Gogeaskoetxea foi detido no dia 7 de julho de 2011 na localidade inglesa de Cambridge, onde vivia há algum tempo sob uma identidade falsa com sua esposa e filhos, após ser identificado por um cidadão espanhol em um clube esportivo.
O ETA, considerado uma organização terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, anunciou no dia 20 de outubro "o fim definitivo de sua atividade armada", após mais de 40 anos de atentados e assassinatos que deixaram 829 mortos.
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