A Suprema Corte do Colorado decidiu nesta terça-feira (19) que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) é inelegível para as primárias da eleição presidencial no estado americano em 2024.
Segundo a agência Reuters, a decisão se aplica a princípio apenas às primárias do Partido Republicano no estado, marcadas para 5 de março, quando o nome de Trump não poderá constar nas opções de candidatos.
Entretanto, em último caso, o ex-presidente também deve ter seu nome retirado das cédulas da eleição presidencial de 5 de novembro no Colorado caso ele seja escolhido o candidato do Partido Republicano ao fim de todas as primárias – ele lidera as pesquisas com larga vantagem.
A decisão não tira Trump da disputa, já que ele segue elegível nos outros estados americanos.
O Colorado, onde o atual presidente, Joe Biden, foi o mais votado na eleição de 2020, é considerado um “blue state” – ou seja, um estado em que o Partido Democrata costuma vencer sempre. O estado representa dez dos 538 votos eleitorais na eleição presidencial dos Estados Unidos.
A decisão é a primeira na história que torna um candidato presidencial dos Estados Unidos inelegível num estado com base numa regra da Constituição americana que proíbe funcionários que se envolveram em “insurreições ou rebeliões” de ocupar cargos públicos.
O processo foi apresentado por um grupo de eleitores do Colorado, assessorados pelo grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética de Washington, que pediram a inelegibilidade de Trump alegando que o ex-presidente teria incitado apoiadores a invadir o Capitólio em janeiro de 2021, durante a sessão conjunta do Congresso americano em que era validada a vitória de Biden na eleição de 2020.
Um porta-voz da campanha de Trump disse que será apresentado recurso contra a decisão.
“A Suprema Corte do Colorado emitiu uma decisão completamente errada esta noite e iremos rapidamente apresentar um recurso à Suprema Corte dos Estados Unidos e um pedido simultâneo para a suspensão desta decisão profundamente antidemocrática”, afirmou.
Segundo a CNN, a decisão ficará suspensa até 4 de janeiro em razão do recurso de Trump no Supremo dos Estados Unidos.
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