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Os advogados de Bradley Manning, o analista de inteligência militar acusado de ter vazado documentos secretos para o site WikiLeaks, encerraram sua participação no caso nesta quarta-feira (21) ao apresentarem seus argumentos finais, antes da decisão sobre se ele vai ou não ser julgado por uma corte marcial.

O militar de 24 anos é acusado de fazer o download ilegal de centenas de milhares de telegramas diplomáticos e sobre guerras, além de vídeos secretos militares de um ataque de com helicóptero norte-americano no Iraque que matou 11 homens, e de enviar esses dados para o WikiLeaks.

O governo afirma que o vazamento prejudicou o relacionamento dos Estados Unidos com outros países e colocou em perigo valiosas fontes militares e diplomáticas.

O governo quer que Manning seja julgado por uma corte marcial por acusações que incluem ajuda ao inimigo. Se condenado, ele pode pegar prisão perpétua.

A defesa de Manning apresentou suas provas nesta quarta-feira após ter chamado apenas duas testemunhas: um sargento que testemunhou um dos acessos de raiva do soldado em Bagdá e um capitão que o comandou no Iraque.

Depois disso, a audiência entrou em recesso até a apresentação dos argumentos finais, marcada para quinta-feira. Os advogados de defesa descreveram Manning como um jovem problemático que não deveria ter tido acesso a material secreto ou ter servido no Iraque.

As testemunhas de defesa disseram que ele é suscetível a explosões emocionais e que houve falha na segurança dos computadores militares no escritório em que Manning trabalhou em Bagdá.

Já as testemunhas de acusação disseram que Manning recebeu treinamento sobre as regras que proíbem a divulgação de informações secretas. Especialistas em computação disseram ter descoberto pistas de que ele fez download de telegramas diplomáticos secretos e de relatórios de campo primários do Iraque e Afeganistão.

Adrian Lamo, um hacker que já foi condenado, disse que Manning disse a ele em maio de 2010 que era o responsável pelos vazamentos. Lamo informou as autoridades.

Após o fim da apresentação das alegações, o oficial que preside a sessão, o tenente-coronel Paul Almanza, dará seu parecer sobre se Manning deve ir para a corte marcial. Depois disso, um graduado militar vai tomar a decisão final. O processo pode leva várias semanas. As informações são da Associated Press.

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