O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, durante passagem por Brasília na semana passada| Foto: EFE/André Borges
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Na declaração conjunta da semana passada na qual listaram uma série de metas a serem cumpridas com o restabelecimento das relações entre os dois países, Brasil e Venezuela citaram o combate a crimes dos quais o próprio ditador Nicolás Maduro é acusado.

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Entre os itens citados no documento, está “estabelecer mecanismos de coordenação binacional com vistas ao combate ao crime organizado, tráfico de drogas e armas de fogo e outros delitos correlatos”.

Em 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos colocou Maduro e 14 atuais e ex-altos funcionários venezuelanos numa lista de acusados de narcoterrorismo, corrupção, narcotráfico e outras acusações criminais.

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A declaração conjunta entre Brasil e Venezuela também menciona o objetivo de “atuar em conjunto para identificar e coibir crimes transfronteiriços ligados à mineração, inclusive em áreas de preservação ambiental e em territórios indígenas, e ao comércio ilegal de ouro”.

Maduro é acusado de ter aumentado a criminalidade e a devastação na Amazônia venezuelana por meio do fracassado projeto Arco Mineiro do Orinoco.

Um relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) destacou que “o regime de Maduro usou empresas estatais e forças de segurança para legitimar a extração mineral criminosa, colaborando com grupos criminosos para minerar, processar e transportar minerais”.

“Em quase todas as etapas do processo de mineração, as forças de segurança do Estado pegam sua parte, abastecendo o que hoje é um dos países mais corruptos do mundo”, destacou o CSIS.

A declaração conjunta da semana passada também enfatiza “a necessidade de aumentar a articulação dos órgãos de inteligência e fortalecer as redes de informação dos dois países”. Leia reportagem completa sobre o assunto.

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