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O ex-presidente americano Bill Clinton liderou comissão de ajuda ao Haiti | Nicholas Kamm/AFP
O ex-presidente americano Bill Clinton liderou comissão de ajuda ao Haiti| Foto: Nicholas Kamm/AFP

No Haiti, a produção agrícola caiu para 25% da economia atual, em comparação com 40% uma década atrás, deixando o país mais dependente de alimentos importados. De acordo com o governo, hoje, 52% dos alimentos consumidos pelos haitianos vêm do exterior, comparado a 20% poucas décadas atrás.

O declínio agrícola remete principalmente a meados da dé­­cada de 1980, quando o governo incentivou a urbanização, e a si­­tuação só piorou sob o embargo comercial durante a confusão política na década seguinte.

Quando as restrições comerciais foram aliviadas, o mercado foi inundado por produtos básicos baratos, como arroz dos EUA, aves dominicanas e leite (em pó) vindo da Europa.

Uma série de tempestades em 2008 destruiu ainda mais as fazendas, e tumultos causados pelo aumento do custo dos alimentos, devido a flutuações no mercado mundial, levaram os legisladores a tirar o primeiro-ministro do cargo.

Recentemente, porém, foram vistos sinais de uma possível re­­cuperação. Em dezembro, o Ban­­co Mundial aprovou US$ 50 mi­­lhões para projetos agrícolas, entre outros projetos encabeçados pelo ex-presidente americano Bill Clinton.

"Quando a agricultura cresce, o Produto Interno Bruto cresce", afirmou Diego Arias, economista especializado em agricultura que analisa o Haiti no Banco Mundial.

Produtos típicos do Haiti, co­­mo mangas, café e cacau, estão recebendo uma atenção expressiva no exterior. O café especial haitiano está sendo procurado em restaurantes de Nova York, Miami e outras cidades dos Es­­tados Unidos, e o Banco Inte­­ra­­mericano de De­­senvolvimento (BID), a Nestlé e a Federação Na­­cional de Produ­­tores de Café da Colômbia anunciaram uma iniciativa de US$ 3 milhões para ajudar dez mil ca­­feicultores a replantar pés de ca­­fé nos morros despojados e au­­mentar a produção, para consumo interno e exportação.

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