Um problema num sensor de combustível forçou o adiamento, por pelo menos um dia, do lançamento da primeira missão espacial tripulada da Nasa desde o desastre do ônibus espacial Columbia, em fevereiro de 2003. O defeito foi detectado a duas horas do horário previsto de lançamento, quando seis dos sete astronautas da missão já estavam em seus assentos, aprontando-se para a decolagem.
O defeito foi num sensor de nível baixo de combustível. Mas, mesmo que os engenheiros não o tivessem detectado, as chances de um lançamento nesta quarta-feira eram pequenas. As condições para o lançamento haviam se deteriorado sensivelmente no final da manhã, por causa do mau tempo no Centro Espacial Kennedy.
Por volta do meio-dia (11h em Brasília), a chuva era intensa e com raios, o que obrigou toda a equipe que trabalhava a céu aberto a procurar abrigo. Apesar disso, os sete astronautas da primeira missão tripulada da Nasa desde o desastre do Columbia, em fevereiro de 2003, chegaram a ser levados para a plataforma de lançamento.
A partida do Discovery em direção à Estação Espacial Internacional estava marcada para as 15h51m (16h51m em Brasília). Na véspera, a proteção de uma janela soltou-se, causando leves danos que foram consertados ao longo da madrugada.
Um esquema de segurança sem precedentes cerca a missão - e desta vez, isso nada tem a ver com possíveis ameaças terroristas. As medidas são para evitar a repetição da tragédia do Columbia, que se desintegrou ao reentrar na atmosfera da Terra, por causa de um dano na cobertura de cerâmica isolante abaixo de uma das asas. A fenda havia sido aberta por um pedaço de espuma que se soltara do tanque externo de combustível logo depois da decolagem. Os sete astronautas a bordo morreram.