Donald Trump deixando o tribunal de Nova York| Foto: EFE/EPA/JEENAH MOON / POOL
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A defesa do ex-presidente americano Donald Trump concluiu nesta terça-feira (21) a apresentação de provas e testemunhas no julgamento criminal, no qual o empresário é acusado de falsificar documentos para silenciar a ex-atriz pornô Stormy Daniels e proteger sua corrida presidencial de 2016. As alegações finais foram adiadas para o dia 28.

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No final da audiência, a equipe jurídica de Trump não chamou o empresário para depor. O ex-presidente não havia descartado a possibilidade de testemunhar, apesar do conselho de seu time de defensores para que não o fizesse.

Nesta semana, a defesa ouviu duas pessoas: um de seus funcionários na qualidade de especialista e Robert Costello, um ex-promotor federal que foi consultor jurídico e depois crítico de Michael Cohen, o antigo braço direito e conselheiro de Trump, e que agora se tornou o maior inimigo do ex-mandatário.

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Costello afirmou nesta segunda (20) que Cohen lhe disse que o ex-presidente não sabia que ele tinha pagado a Stormy Daniels, a ex-atriz pornô que alega ter se relacionado com Trump em 2006, um pagamento destinado a impedi-la de contar sua história.

O consultor jurídico testemunhou que se reuniu com Cohen em abril de 2018 por duas horas e que o ex-advogado jurou que Trump não estava envolvido nos pagamentos.

Na semana passada, no entanto, Cohen testemunhou que Trump ordenou que ele pagasse US$ 130 mil (R$ 665 mil) para silenciar Daniels durante a campanha de 2016 e detalhou como este o reembolsou mais tarde por suas despesas.

No interrogatório desta terça, a promotoria enfatizou que, na semana passada, Costello foi ao Congresso para testemunhar sobre Cohen, onde fez comentários agressivos sobre ele.

No banco das testemunhas, Costello respondeu "não" quando perguntado pela promotora Susan Hoffinger se ele sente "animosidade" contra Cohen.

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A outra estratégia de Hoffinger foi apontar que Costello nunca fez parte da equipe jurídica de Cohen.

Ontem, foi a acusação que concluiu sua apresentação de provas, tendo convocado 20 testemunhas em sessões anteriores, incluindo Daniels, que prestou depoimento no Tribunal Criminal de Manhattan dizendo ter tido relações sexuais com Trump.

O ex-presidente americano, que está concorrendo à presidência novamente neste ano, negou repetidamente ter tido relações sexuais com Daniels ou ter cometido quaisquer outros crimes.

Na semana que vem, após o início das alegações finais na terça-feira (28), espera-se que o júri de 12 pessoas chegue a um veredito por unanimidade.

Se, por exemplo, 11 dos jurados concordarem com uma condenação e um discordar, o juiz Juan Merchan provavelmente pedirá aos 12 que continuem deliberando até que se chegue a uma decisão.

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Se os jurados ainda não chegarem a um consenso, Merchan poderá ser forçado a declarar a anulação do julgamento, que acontece quando um processo termina sem que se chegue a um veredicto comum.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]