RAMADI, Iraque - O chefe da equipe de defesa de Saddam Hussein disse que os advogados dele e dos sete aliados do ex-ditador que estão sendo julgados conjuntamente vão romper contatos com o tribunal instaurado para julgá-los por crimes contra a Humanidade.

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- A comissão de defesa decidiu considerar a data de 28 de novembro cancelada e ilegítima - disse Khalil al-Dulaimi, um dia depois de um segundo advogado dos réus ter sido morto, em Bagdá.

Vinte e oito de novembro é a data marcada para a retomada do julgamento, iniciado e suspenso em 15 de outubro.

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Dulaimi disse que os advogados de defesa não puderam fazer contatos com testemunhas e fazer seu trabalho apropriadamente por causa da ameaça às suas vidas.

- Pedimos à comunidade internacional, ao Conselho de Segurança da ONU, aos Estados Unidos e a todos envolvidos a trabalhar para que a corte criminal seja declarada ilegítima e também para pressionar pela libertação do presidente Saddam Hussein e de sua equipe legítima de liderança - Dulaimi.

Os cinco juízes do caso contra o ex-ditador vão decidir nos próximos dias como a morte do advogado de defesa e o boicote dos defensores de Saddam vão afetar o processo judicial, disse nesta quarta-feira um dos magistrados.

Rizgar Mohammed Amin, um juiz curdo que presidiu, em 15 de outubro, o primeiro dia de julgamento por um massacre de xiitas disse que cabe ao governo garantir a segurança dos que participam das atividades no tribunal, incluindo a dos advogados de defesa. Na terça-feira, homens alvejaram os advogados Adil al-Zubeidi e Thamer Hamoud al-Khuzaie, ambos da equipe de defesa de um meio-irmão de Saddam e do ex-vice-presidente. Zubeidi morreu, e Khuzaie ficou ferido, mas sobreviveu. No dia anterior, o grupo de advogados havia pedido a transferência do julgamento para fora do Iraque, por questões de segurança.

Há menos de três semanas, um outro advogado de um ex-assessor de Saddam foi seqüestrado e executado.

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