A defesa de Dominique Strauss-Kahn pediu nesta segunda-feira o arquivamento do processo civil apresentado em Nova York por Nafissatou Diallo, a camareira que acusa o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) de agressão sexual, informou uma fonte judicial.

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"Pedem o arquivamento do processo", disse à AFP uma fonte judicial no tribunal de Nova York no Bronx, encarregado do caso.

O juiz Douglas McKeon agora terá que se pronunciar sobre este pedido.

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Os advogados de Strauss-Kahn tinham que responder, no mais tardar em 26 de setembro, ou seja, esta segunda-feira, ao processo civil apresentado por Diallo em 8 de agosto.

McKeon concedeu uma prorrogação de 18 dias em relação ao prazo original, que vencia em 8 de setembro, a pedido da defesa, segundo a qual quando o processo civil foi apresentado, o ex-diretor-gerente do FMI "era alvo de um processo penal e, logicamente, se concentrou" nele.

O processo criminal foi arquivado em 23 de agosto, principalmente devido a dúvidas sobre a credibilidade de Nafissatou Diallo, enquanto o processo civil continua em curso. Ambos são completamente independentes. Segundo declarações de David Rankin, um advogado civil que trabalha no Bronx, à AFP, este último levará anos.

No processo civil, o advogado de Nafissatou Diallo pediu uma quantia não informada por reparação aos danos causados pelo ataque "sádico e violento" contra a funcionária em uma suíte do luxuoso hotel Sofitel de Nova York, ocupada por Dominique Strauss-Kahn em 14 de maio.

A suposta agressão foi relatada em detalhes.

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Durante uma entrevista, em 18 de setembro, a uma emissora de TV francesa, Strauss-Kahn disse que não tinha "qualquer intenção de negociar" no processo civil, como é habitual na maioria destes trâmites nos Estados Unidos.

Nesta entrevista, ele reconheceu ter cometido um "erro moral", mas negou ter havido violência, embora não tenha dado detalhes sobre as circunstâncias da breve relação sexual que teve neste dia com a camareira.