A defesa de Radovan Karadzic, o ex-dirigente sérvio da Bósnia julgado pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII), pediu em Haia a absolvição o réu com a alegação de que em 1992 não houve genocídio na Bósnia.
"O doutor Karadzic pede a absolvição pelas acusações 1 a 11", declarou Peter Robinson, conselheiro jurídico de Karadzic, em uma audiência pública do TPII.
"Não houve genocídio nos municípios da Bósnia em 1992", disse Robinson.
"Portanto, o tribunal não pode concluir de nenhuma maneira que o doutor Karadzic é culpado de genocídio", acrescentou o advogado.
Radovan Karadzic, 66 anos, é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a guerra da Bósnia (1992-1995). Também é acusado pelo massacre de Srebrenica de julho de 1995, o mais importante na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Radovan Karadzic foi detido em julho de 2008 em Belgrado ao fim de 13 anos de clandestinidade.