A delegação brasileira que está em Londres para inteirar-se da investigação da morte do mineiro Jean Charles de Menezes pela polícia britânica reuniu-se nesta quarta-feira com a comissão independente responsável pelo inquérito. A comissão confirmou a existência de vídeos do sistema de vigilância do metrô com o registro dos últimos momentos de Jean Charles. Segundo a delegação brasileira, o material não está completo, mas será importante peça nas investigações.
O subdiretor do Departamento de Cooperação Jurídica do Ministério de Justiça, Márcio Pereira Pinto, o subprocurador-geral da República, Wagner Gonzalves, e o diretor do Departamento de Brasileiros Residentes no Exterior, Manoel Gomes Pereira, estiveram nesta tarde com o presidente da Comissão Independente de Queixas contra a Polícia, Nick Hardwick. Membros da procuradoria de justiça de Londres também participaram do encontro.
O outro compromisso da delegação é ouvir as advogadas Gareth Pierce e Harriet Wistrich, para inteirar-se de seus objetivos, em meio a rumores de que o caso de Jean Charles está sendo usado politicamente.
Os representantes do governo brasileiro, que chegaram na segunda-feira a Londres, permanecerão na cidade até sexta-feira.
Na terça-feira, numa entrevista coletiva um dia depois de reunir-se com a cúpula da Polícia Metropolitana, a delegação disse que não tem provas de que as autoridades policiais tentaram esconder a verdade sobre a morte de Jean Charles e atrapalhar a investigação.
O eletricista Jean Charles de Menezes tinha 27 anos. Ele morreu a tiros, num vagão do metrô de Londres, quando policiais o confundiram com um suspeito de terrorismo. O caso tornou-se ainda mais polêmico na semana passada, quando documentos divulgados na imprensa britânica desmentiram a versão inicial da polícia de que Jean Charles se comportava de maneira suspeita quando foi alvejado.
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