A delegação da oposição síria que participa de negociações de paz com o governo chegou esta tarde a Genebra com uma composição semelhante a da primeira rodada, sem ampliar sua representatividade neste processo.
Isto implica que a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a aliança que representa a oposição, não conseguiu unir outros grupos e ampliar seu arco político, questionado pelo representante do regime de Damasco.
As equipes negociadoras do governo e da oposição iniciarão amanhã uma segunda rodada de conversas, com a mediação do diplomata argelino Lakhdar Brahimi, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria.
"A delegação será a mesma da última vez", confirmou uma porta-voz da oposição.
As reuniões acontecerão na sede europeia da ONU em Genebra durante uma semana e delas se esperam alguns resultados concretos para manter vivo o processo.
Durante a primeira rodada de negociações, que durou oito dias e terminou dia 31 de janeiro, as tentativas de acordo, sem sucesso, medidas de confiança mútua, como o acesso de ajuda humanitária a Homs e a libertação de presos políticos.
A delegação do regime de Bashar al Assad defende que primeiro deve ser discutido como deter a violência dos grupos terroristas, como são consideradas pelo governo todas as facções rebeldes que pegaram em armas contra o regime.
Já a CNFROS exige entrar imediatamente em conversas para uma transição política que tire Assad do poder.
Fontes da ONU confirmaram a Agência Efe que Brahimi se reuniu neste fim de semana com o chefe negociador da oposição, Hadi al Bahra; e com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem , que dirige a delegação governamental.