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Manifestantes pedem exclusão de Israel dos Jogos Olímpicos em protesto em Jacarta, na Indonésia, no domingo (21)
Manifestantes pedem exclusão de Israel dos Jogos Olímpicos em protesto em Jacarta, na Indonésia, no domingo (21)| Foto: EFE/EPA/MAST IRHAM

Devido à guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, a delegação de Israel está sendo alvo de hostilidades antes mesmo da cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, que será realizada na sexta-feira (26).

O grupo ativista francês Europalestine promete realizar um protesto anti-Israel durante a partida de estreia da seleção israelense no torneio de futebol masculino olímpico, que teve início nesta quarta-feira (24), antes da abertura oficial dos Jogos. O jogo contra Mali começa às 16 horas (horário de Brasília) no estádio Parc des Princes.

A segurança no estádio foi reforçada e a delegação de Israel é a única a receber proteção 24 horas por dia de unidades especializadas da polícia e da gendarmaria francesas, informou o governo da França. Outros protestos estão previstos.

Nesta semana, o Comitê Olímpico Palestino pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que Israel fosse impedida de participar da Olimpíada de Paris em razão da guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro do ano passado com atentados do Hamas em território israelense nos quais cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns.

O Ministério da Saúde de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, alega que mais de 39 mil pessoas foram mortas pelas forças israelenses desde o início do conflito, mas Israel e aliados como os Estados Unidos contestam esses números.

Nesta quarta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, disse que o comitê não se ateria a “questões políticas”, indicando que o pedido palestino foi rejeitado.

As hostilidades contra Israel não pararam por aí. Em um protesto anti-Israel no fim de semana, o deputado francês Thomas Portes, do partido França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), disse que a delegação israelense “não é bem-vinda em Paris” e pediu sua exclusão dos Jogos. “Atletas israelenses não são bem-vindos nos Jogos Olímpicos de Paris”, disparou.

Em comunicado no X, Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França, chamou a declaração de Portes de “indecência” e a comparou ao assassinato de 11 atletas israelenses por terroristas palestinos na Olimpíada de Munique em 1972.

“Desde 7 de outubro, Thomas Portes tem legitimado o Hamas. Ele agora coloca um alvo nas costas dos atletas israelenses, já os mais ameaçados nos Jogos Olímpicos. Irresponsável”, escreveu Arfi.

O LFI é um partido radical que integra a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), vencedora das recentes eleições legislativas antecipadas na França, mas que não obteve maioria absoluta para governar.

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