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Acordo

Delegados discutem florestas e emissões em conferência climática

Ativistas do movimento 350.org e voluntários fazem um pedido de paz em Poznan, local sede da conferência climática | Wojtek Radwanski / AFP Photo
Ativistas do movimento 350.org e voluntários fazem um pedido de paz em Poznan, local sede da conferência climática (Foto: Wojtek Radwanski / AFP Photo)

Os negociadores de uma conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) trabalhavam nesta segunda-feira (8) para resolver as diferenças em relação a um acordo para proteger as florestas do mundo e pressionar os países industriais a reduzir fortemente suas emissões de dióxido de carbono.

O principal funcionário da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse que as conversas progrediam, apesar de temas "problemáticos". Porém representantes de organizações não-governamentais descreviam as negociações como "lentas" e afirmaram que as conversas sobre alguns temas inclusive "regrediam".

Quase 190 países estão representados, para a discussão de um tratado para controlar o aquecimento global, com a regulação da poluição e da emissão de gases causadores do efeito estufa. Além disso, a intenção é auxiliar países pobres a lidar com os efeitos da mudança climática, dos níveis crescentes dos rios até mais tempestades severas, secas e enchentes.

A previsão é que o acordo seja concluído em dezembro de 2009, em Copenhagen, na Dinamarca. O texto substituiria o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e requer que os países industrializados cortem as emissões sobretudo de indústrias pesadas e veículos.

Nesta segunda-feira (8), um acordo sobre recompensas a países tropicais para a preservação das florestas estava emperrado no comitê, enquanto os delegados debatiam questões técnicas como por exemplo a forma de se medir o desmatamento e a degradação das florestas. Até isso estar resolvido, a convenção não poderia discutir como financiar a conservação.

Os cientistas apontam que o desmatamento é responsável por 20% das emissões de gás carbônico causadas pelo homem, já que as plantas utilizam esse gás em seus processos de alimentação.

"É frustrante", disse Stephanie Tunmore, do Greenpeace, um grupo ambientalista. "Eles não fizeram qualquer progresso na última semana."

Está também em discussão a exigência de que os países mais industrializados reduzam as emissões de gás carbônico entre 25% e 40% até 2020, tomando como base os valores registrados em 1990 Sob o Protocolo de Kyoto, 37 países devem diminuir a poluição a uma média de 5%, sob os níveis de 1990.

De Boer disse que as delegações estão discutindo a idéia de incorporar esquemas de seguros no tratado climático, com prêmios aos países que tomarem medidas para reduzir os riscos de grandes desastres climáticos. Isso poderia incluir ações como construir barreiras no mar e reforçar residências contra furacões.

A proposta dos seguros foi levantada por Tuvalu, uma ilha ameaçada de extinção pelo aumento do nível do Oceano Pacífico. Isso poderia acontecer se gelo da Groenlândia ou de pontos da Antártida derreterem.

A crise econômica global trouxe um novo elemento para as conversas, com os delegados debatendo sobre como levantar centenas de bilhões de dólares, necessários anualmente para países em desenvolvimento se adaptarem à mudança climática e reduzirem o ritmo das emissões de gases causadores do efeito estufa. As informações são da Associated Press.

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