Líderes democratas na Casa dos Representantes dos Estados Unidos, equivalente à Câmara dos Deputados, disseram neste domingo (21) que estão confiantes de que possuem votos suficientes para a aprovação de uma ampla reforma no sistema de Saúde, dando ao presidente Barack Obama uma grande vitória política.

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Com a votação final marcada para a noite deste domingo, os democratas da Câmara realizaram uma última reunião de estratégia e pressionaram um pequeno grupo de membros indecisos a oferecer apoio, já que tentam alcançar os 216 votos para vencer uma unificada oposição republicana.

"Temos os votos agora," disse o deputado John Larson, líder do partido na Câmara, à rede ABC, embora outros membros estejam mais cautelosos em suas declarações. Steny Hoyer, outro líder, disse à NBC que o número de votos ainda necessários estava em "pequenos dígitos".

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A lei, maior prioridade interna de Obama, conduziria às maiores mudanças em décadas no sistema de Saúde, que custa 2,5 trilhões de dólares, incluindo o aumento da cobertura a milhões de pessoas e a proibição dos planos de saúde de negarem atendimento em certos casos.

Nove democratas já declararam que mudaram seus votos de "não" para "sim" desde o meio da última semana.

Tentativa republicana

Os republicanos lançaram dúvidas sobre a iminente vitória divulgada pelos democratas. O líder Mike Pence disse à CNN que os membros do partido usarão "todos os meios possíveis" para bloquear a proposta.

Milhares de ativistas conservadores protestaram do lado de fora do Capitólio, com faixas amarelas dizendo "Não Pisem em Mim" e gritando "matem a proposta". Muitos entraram no local e ficaram passeando pelos corredores para segurar os deputados e, de alguma forma, atrapalhar os procedimentos da Câmara.

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A Casa votará a versão aprovada pelo Senado e que, se aceita, será lei assim que Obama assiná-la. A Câmara também colocará em votação um segundo pacote de revisões da medida, pedido pelos democratas.

Se a Câmara aprovar as mudanças no pacote do Senado, os senadores colocarão o projeto em votação na próxima semana e uma maioria simples de 100 membros aprova a legislação.

As empresas de plano de saúde se opuseram fortemente ao projeto, mas pesquisas de opinião pública apontam uma divisão da população. A lei aumentará a cobertura em 32 milhões de pessoas, chegando a 95 por cento dos norte-americanos, e acabará com práticas da indústria médica como a recusa de cobertura a pessoas com doenças pré-existentes.

Críticos republicanos dizem que o projeto é uma intromissão no setor dos planos de saúde e que causará aumento de custos, do déficit orçamentário e redução na escolha dos pacientes.

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