Os democratas nomearam formalmente Joe Biden como candidato à presidência pelo partido na segunda noite da convenção nacional democrata, com delegados de vários cantos dos Estados Unidos votando remotamente no evento virtual. Biden conquistou 3.558 votos, enquanto o senador Bernie Sanders obteve 1.151.
A apresentação de terça-feira (18) também foi marcada pelo esforço dos democratas em fazer uma ponte entre as gerações mais antigas do partido, representadas por políticos experientes, como o ex-presidente Bill Clinton, e as mais novas, representadas pela deputada progressista Alexandria Ocasio-Cortez.
Mas talvez eles não tenham sido tão bem sucedidos quanto na noite anterior. Em seus 90 segundos de aparição na convenção, Ocasio-Cortez endossou a nomeação do socialista Bernie Sanders, deixando muita gente confusa. Mais tarde, no Twitter, a deputada explicou que o apoio ao senador de Vermont tinha sido acordado com o partido porque as regras da convenção exigem discursos de nomeação para cada candidato que ultrapassar um certo número de delegados nas primárias - que foi o caso de Biden. Ocasio-Cortez também foi para suas redes sociais pedir que seus seguidores apoiem Biden.
Porém, sua defesa de políticas sociais radicais mostrou que ainda existem muitos rachas dentro do partido, apesar da mensagem de união contra Trump apresentada na primeira noite da convenção. Analistas da política americana avaliam que o partido deu a ela pouco tempo de apresentação - ela teve um espaço menor do que democratas menos conhecidos e do que o republicano John Kasich, ex-governador de Ohio - justamente por causa de suas posições mais esquerdistas, que vêm de encontro ao esforço do Partido Democrata de se mostrar como uma escolha moderada.