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O presidente norte-americano, George W. Bush, deveria ir além da retórica e propor limites obrigatórios às emissões de gases do efeito estufa em seu discurso anual do Estado da União, disseram democratas na terça-feira
Henry Waxman, presidente da Comissão de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara, considerou um bom sinal que Bush ``vá tratar da independência energética e do aquecimento global, já era hora''.
Mas Waxman lembrou que na segunda-feira um grupo de empresários e ambientalistas propôs ao Congresso e ao governo um sistema de ``limitação e comércio'' de emissões de carbono, pelo qual as empresas mais poluidoras poderiam comprar créditos das que não emitem tantos poluentes responsáveis pelo efeito estufa.
``O que eu gostaria de ouvir do presidente é que ele vai pedir reduções, dramáticas reduções -e têm de ser reduções obrigatórias'', disse Waxman a poucas horas do discurso presidencial.
A Casa Branca disse que Bush usará parte do discurso para pedir ao Congresso que aprove a meta de que dentro de dez anos o uso de gasolina no país seja 20 por cento inferior ao atual, por meio de uma maior eficiência dos motores e do uso de combustíveis alternativos.
Bush também deve defender que o Congresso altere os padrões aceitáveis de poluição para os carros, mas Waxman disse que o presidente já tem autoridade para isso.
``A não ser que vejamos claramente uma redução nas emissões dos veículos automotores, não estamos conseguindo nada. Eu gostaria de ver isso na lei, e não deixar para que o governo rearranje as cadeiras no convés do Titanic.''