A oposição democrata reduziu os esforços para bloquear o aumento de tropas no Iraque, proposto pelo presidente George W. Bush, e tentará aprovar medidas que limitem o número de soldados e o tempo de serviço no país árabe.
O representante John Murtha, um dos principais defensores no Congresso da retirada das tropas do Iraque, disse que seu partido concluiu que encerrar a guerra não é tão fácil como reduzir o financiamento.
"Não temos os votos para fazer isto", disse à rede de televisão americana NBC.
Já o presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado, Carl Levin, afirmou que tampouco seguirá tentando encerrar a missão americana no Iraque e apoiará um plano que reduza o impacto da mesma.
"Será uma transição para uma missão mais limitada, de apoiar o treinamento e a logística do Exército de Bagdá", disse Levin ao canal CBS.
Levin acrescentou que a legislação para limitar a presença militar tem possibilidades razoáveis de ser aprovada no Congresso, onde os democratas têm maioria.
Os democratas conquistaram o controle das duas câmaras do Congresso nas eleições de novembro.
A Câmara de Representantes aprovou no mês passado uma resolução não vinculante contra o plano de Bush para o Iraque, que prevê o envio de 21.500 soldados adicionais, mas o documento não foi aprovado pelo Senado.
O segundo comandante militar americano no Iraque disse neste domingo que a estratégia de segurança em Bagdá progride lentamente, mas que precisará de pelo menos seis meses para entregar o controle da capital às forças iraquianas.
O general Raymond Odierno disse à rede CNN que o novo plano de segurança, anunciado pelo presidente George W. Bush no dia 10 de janeiro ainda está em "estágio muito inicial", mas as operações já começaram.
"Estamos começando a ver progresso, mas é muito lento", disse Odierno. "Esperamos que leve meses, não semanas, para completá-lo".