Com uma nova estratégia, focada em derrotar republicanos inexperientes e nas cadeiras consideradas "em aberto", os democratas estão confiantes de que vão retomar, nas eleições de novembro, a maioria na Câmara dos Representantes, perdida no fim de 2010.
O partido do presidente Barack Obama considera que existem 76 cadeiras em que a disputa é aberta, podendo ir para democratas e republicanos. Como precisa de 25 para retomar a maioria na Casa, elegeu 36 dessas para munir seus candidatos com fundos e apoio extras para que cheguem à vitória.
"Não estou dizendo que temos os 25 assentos que precisamos. A maioria ainda não é garantida, mas temos potencial para retomá-la", disse o deputado Steve Israel, chefe do Comitê de Campanha Democrata para o Congresso.
O foco, esclarece o deputado, será sobretudo nas cadeiras hoje ocupadas por políticos republicanos menos experientes, que foram eleitos em meio à onda de frustração com os democratas no Congresso e à ascensão do movimento ultraconservador Tea Party.
Além disso, os democratas apostam em ganhar terreno com algumas reconfigurações distritais, que obrigarão republicanos a disputar votos em áreas onde não necessariamente são favoritos.
Após o anúncio da estratégia democrata, os republicanos se apressaram para desqualificar a campanha, dizendo que vai tropeçar nas próprias políticas do partido.
"Com uma campanha que ser orgulha da reforma no sistema de saúde de Obama e de suas políticas de destruir empregos, os democratas desses distritos ficarão em uma situação complicada, presos a uma agenda já largamente rejeitada pelos americanos", disse Paul Lindsay, da campanha republicana ao Congresso.
Para Steve Israel, no entanto, os democratas perderam o controle da Câmara em 2010 porque 9 milhões de independentes abandonaram o partido para apoiar os republicanos. Este ano, garante o deputado com base em pesquisas, esses mesmos independentes vão voltar para o lado democrata.
Segundo ele, o presidente Barack Obama está diretamente envolvido na campanha e está sendo mais cuidadoso na hora de criticar o Congresso.
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