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O presidente Gustavo Petro negou acusações de que o grupo guerrilheiro ELN foi beneficiado por contratos públicos irregulares
O presidente Gustavo Petro negou acusações de que o grupo guerrilheiro ELN foi beneficiado por contratos públicos irregulares| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

O ex-diretor de uma agência nacional da Colômbia denunciou que o governo do presidente Gustavo Petro teria repassado dinheiro para o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), com quem abriu negociações de paz em 2022, por meio de contratos públicos irregulares.

O site Noticias Caracol informou nesta semana que Olmedo López, ex-diretor da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), declarou a investigadores da Suprema Corte de Justiça da Colômbia que contratos beneficiaram o ELN para “salvar” o processo de paz, que teve várias idas e vindas desde que foi iniciado há dois anos.

López citou no seu depoimento nomes de parlamentares, empreiteiros e do ministro da Fazenda, Ricardo Bonilla.

“Esta é uma rede que inclui desde ministros a empreiteiros, mas no meio há outros funcionários e envolve um ator que tem uma capacidade militar muito forte”, disse o ex-diretor da UNGRD, que é investigado por acusações de corrupção durante o período em que chefiou a agência.

“O nome no papel que mostrei ao Ministério Público e que consta no resumo do meu depoimento é o do ELN e sua grande influência no departamento de Arauca [que faz fronteira com a Venezuela]”, acrescentou López.

“Eles emitiram um comunicado há alguns meses: ‘Estamos voltando com os sequestros porque não nos garantiram a manutenção dos homens’, e como eles iriam garantir isso? Com contratos”, disse López aos investigadores.

Em mensagem no X nesta quarta-feira (17), Petro negou que dinheiro teria sido repassado ao ELN.

“Embora a violência esteja a serviço da corrupção, a paz não está. As negociações de paz com o ELN apenas alcançaram um primeiro ponto de compromisso político, qualquer financiamento ao ELN, como aconteceu com as Farc, ocorreria na fase final, com a desmobilização definitiva da violência, e nunca ocorreria através de contratos públicos”, afirmou o presidente da Colômbia. (Com Agência EFE)

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