Prédio de Alberto Nisman, onde o corpo foi encontrado: governo definiu denúncia como “cretinice”| Foto: Enrique Marcarian/Reuters

Membros do governo argentino afirmam que a denúncia contra Cristina Kirchner apresentada pelo promotor Alberto Nisman, que foi encontrado morto com um tiro na cabeça no domingo, dia 18, foi escrita por uma outra pessoa.

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"Nisman não pode ter escrito essa cretinice, cheia de erros jurídicos. Quando mais se relê, mais se percebe que é fraca e não tem suporte", afirmou o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández.

A denúncia de Nisman apontava que a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e um grupo de supostos agentes de inteligência armaram um plano para encobrir suspeitos iranianos do ataque à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 1994.

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Pela denúncia, um acordo de entendimento entre os dois países assinado em 2013 tinha como propósito oculto livrar os iranianos. Para Nisman, extra-oficialmente, a Argentina iria pedir à Interpol que deixasse de procurar os suspeitos.

Não é a primeira vez que um governista afirma que Nisman não é o autor real da denúncia contra Cristina. A própria presidente já sugeriu isso, no primeiro texto que publicou sobre o caso.

Em uma série de perguntas retóricas, ela escreveu "Quem pode crer que alguém que tinha uma denúncia tão grave (...) saiu de férias e de repente as interrompe no meio do recesso judicial, sem avisar o juiz da causa, apresenta uma denúncia de 350 folhas que evidentemente tinha preparadas com antecedência? Ou será que alguém as entregou quando ele voltou?"

Plano

A denúncia de Nisman apontava que Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e um grupo de supostos agentes de inteligência armaram um plano para encobrir suspeitos iranianos do ataque à Amia, que deixou 85 vítimas em 1994.

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