O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou nesta sexta-feira (11) a nomeação de um promotor especial para a investigação aberta contra Hunter Biden, filho do presidente do país, Joe Biden.
O escolhido é David Weiss, promotor federal do estado de Delaware que estava à frente das investigações sobre Hunter Biden até agora. Ele “supervisionará a investigação e decidirá onde, quando e se apresentará acusações” e “não estará sujeito à supervisão cotidiana de nenhum funcionário do departamento”, disse Garland.
Hunter Biden é acusado de não ter declarado corretamente seus impostos em 2017 e 2018 e também foi acusado de um crime relacionado a posse de arma de fogo, o que é ilegal quando se trata de uma pessoa com vícios.
“O anúncio de hoje dá aos promotores, agentes e analistas que trabalham nessa questão a capacidade de fazer seu trabalho com agilidade e tomar decisões indiscutivelmente guiadas apenas pelos fatos e pela lei”, ressaltou Garland.
Políticos do Partido Republicano, inclusive o ex-presidente Donald Trump, usaram a investigação para lançar dúvidas sobre negócios de Hunter no exterior e para retratar a família do presidente como corrupta, além de sugerir que há proteção ao filho de Biden.
Após a conclusão de seu trabalho, Weiss deverá fornecer a Garland “um relatório explicando as decisões de acusação ou arquivamento a que chegou”.
“Estou comprometido em tornar público o máximo possível de seu relatório, de acordo com as exigências legais e a política do departamento”, disse Garland, que insistiu que o gabinete do procurador-geral dos EUA “está comprometido tanto com a independência quanto com a responsabilidade em assuntos particularmente sensíveis”.
Nas últimas semanas, esperava-se que Hunter Biden chegasse a um acordo de admissão de culpa com promotores federais, o que acabou não acontecendo depois que a juíza encarregada do caso e que deve proferir a sentença, Maryellen Noreika, nomeada por Trump, expressou dúvidas a respeito.
Pelo acordo, o filho do presidente poderia ter evitado um processo sob algumas condições, mas em uma audiência judicial cheia de interrupções e reviravoltas, Hunter Biden decidiu não assinar o acordo e se declarar inocente.
A Casa Branca disse um dia depois que o presidente não usará seu poder para perdoar Hunter se ele for condenado.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas