A usina, localizada 240 quilômetros a nordeste de Tóquio, foi destruída em 11 de março por um forte terremoto e um gigantesco tsunami que desativaram seus sistemas de resfriamento, provocando o derretimento das barras de combustível| Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Usina nuclear Fukushima Daiichi, da operadora Tokyo Electric Power Co (Tepco), que foi destruída pelo terremoto e tsunami em 11 de março

O Japão declarou que a usina nuclear de Fukushima, danificada por um terremoto e tsunami em março, atingiu o estado de desligamento frio nesta sexta-feira (16), uma medida importante para a resolução da pior crise nuclear em 25 anos no mundo.

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A usina de Fukushima Daiichi, localizada 240 quilômetros a nordeste de Tóquio, foi destruída em 11 de março por um forte terremoto e um gigantesco tsunami que desativaram seus sistemas de resfriamento, provocando o derretimento das barras de combustível, vazamentos radioativos e retiradas massivas da população da área.

Ao anunciar a muito aguardada notícia, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda buscou encerrar o assunto sobre a fase de crise emergencial na usina, apesar de especialistas afirmarem que poderá demorar 40 anos até que a limpeza no local seja finalizada.

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"Os reatores atingiram um estado de desligamento frio", disse o premiê durante uma reunião sobre a reposta do governo à emergência nuclear.

"Uma condição estável foi alcançada. Julgamos que o próprio acidente na usina foi encerrado," afirmou, observando que os índices de radiação nos limites da usina poderiam ser mantidos em níveis baixos, mesmo se houver "incidentes imprevisíveis".

A fase de desligamento frio ocorre quando a água usada para resfriar as barras de combustível nuclear permanece abaixo do ponto de ebulição, impedindo que o combustível se reaqueça. Um dos principais objetivos da operadora da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), era trazer os reatores para um estado de desligamento frio até o final do ano.