O soldado Josué Calvo, refém da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há quase um ano, foi libertado ontem. A notícia foi anunciada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Uma missão humanitária, com a ajuda de dois helicópteros militares brasileiros, partiu, ontem pela manhã, em direção das selvas da Colômbia para resgatar o soldado Josué Daniel Calvo, que foi encaminhado para um hospital, com a finalidade de ser submetido a exames médicos
"Numa zona rural do departamento de Meta (centro-leste), o soldado Josué Daniel Calvo foi entregue pelas Farc a delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, à senadora Piedad Córdoba e ao monsenhor Leonardo Gómez Serna, representante da Igreja católica", indica um comunicado do CICV.
"Depois dessa operação de entrega, o soldado foi trasladado a bordo de um helicóptero proporcionado pelo governo do Brasil, devidamente identificado com o símbolo da CICV para a cidade de Villavicencio, a 130 km a sureste de Bogotá", acrescenta o texto, que foi lido por um delegado da Cruz Vermelha no aeroporto, onde a família Calvo esperava pelo militar.
Uma interrupção das operações militares e policiais em uma região do sudeste da Colômbia entrou em vigência a partir das 18h do último sábado, com a finalidade de facilitar a libertação do militar sequestrado.
"De acordo com as instruções do Ministério da Defesa, serão suspensas as operações militares em uma pequena zona, mas o suficiente para realizar a operação de libertação do soldado Josué Daniel Calvo", disse a jornalistas o alto comissário de paz do governo, Frank Pearl.
Hoje, as duas aeronaves e os membros da missão humanitária seguem rumo à cidade de Florencia, no departamento de Caquetá, para uma segunda operação estabelecida para a libertação do sargento Pablo Emilio Moncayo, que as Farc entregarão depois de mais de 13 anos de sequestro.
Os dois soldados fazem parte de um grupo de 23 militares e policiais que as Farc mantêm como reféns e que o grupo rebelde pretende trocar por cerca de 500 guerrilheiros presos, algo que o presidente Alvaro Uribe rejeita.
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