Javier Milei, presidente da Argentina, tem trocado farpas com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nos últimos meses| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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A Argentina confirmou, "sem sombra de dúvida", a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia, opositor do regime de Nicolás Maduro, que foi oficialmente declarado vencedor das eleições realizadas na Venezuela em 28 de julho, disseram fontes oficiais nesta sexta-feira (2).

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"Todos podemos confirmar, sem sombra de dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González", disse a ministra das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, Diana Mondino, em mensagem na rede social X na qual compartilhou o link para acompanhar os resultados eleitorais publicados pela oposição venezuelana.

Além disso, em entrevista coletiva, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, afirmou que é "difícil" saber como a crise na Venezuela será resolvida "na presença de um ditador" e "com base no óbvio, que é que o ditador Maduro efetivamente perdeu as eleições e que as atas de votação nunca apareceram".

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"A comunidade internacional, em sua maior parte, aceitará gradualmente que tudo não passou de uma grande fraude e que o ditador Maduro tem de deixar o poder e dar lugar, de uma vez por todas, a ações democráticas e ao que o povo venezuelano quer, que é viver em paz e democracia", disse Adorni.

Ele ressaltou que, para reconhecer a vitória de Urrutia, a Argentina não precisa de "nenhum tipo de coordenação" com outros países da região.

Adorni reiterou que a posição do governo de Javier Milei é "clara" de que "Maduro é um ditador", que "falsificou dados eleitorais de forma extremamente óbvia". Com relação à saída desse conflito, o porta-voz disse que "é uma questão extremamente sensível".

"No mundo não pode haver um ditador governando um povo. É um governo ditatorial que o povo venezuelano decidiu rejeitar e o ditador Maduro tem que se afastar", declarou.

A Argentina aguarda a chegada dos funcionários de sua embaixada na Venezuela na manhã deste sábado (3), após sua expulsão - e a de representantes de outros seis países da região - pelo regime de Nicolás Maduro em rejeição às "ações e declarações de interferência" nas eleições presidenciais.

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Em nota divulgada nesta quinta-feira (1º), o governo dos EUA já havia anunciado que reconhece o oposicionista Edmundo González como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela, realizada no último domingo (28).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]