Depois de passar três dias em visita aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff desembarca nesta quarta-feira (11) em Brasília e já se prepara para mais uma viagem internacional. Na sexta-feira (13), ela segue para Cartagena das Índias, na Colômbia, onde participa até domingo (15) da 4ª Cúpula das Américas. Em discussão, a segurança internacional na região – devido ao narcotráfico e ao tráfico de armas – e o embargo à Cuba, imposto há cerca de meio século pelos norte-americanos.

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Meses antes da Cúpula das Américas, uma reunião gerou polêmicas. Em protestos à ausência dos cubanos – exigência dos norte-americanos –, os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) anunciaram um boicote ao encontro. Mas apenas Correa disse que não irá à cúpula, Morales e Chávez sinalizaram recuo no boicote e devem participar das reuniões.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, conversou com Chávez, Correa e Morales na tentativa de resolver o impasse. Santos foi até Havana para se reunir com o presidente de Cuba, Raúl Castro, para minimizar o mal-estar. No Brasil, as autoridades brasileiras defenderam a participação de Cuba e reiteraram a necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos ao país caribenho desde 1962.

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A exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, segundo negociadores que participaram das reuniões prévias, deve ser tratada de forma reservada pelos presidentes que estarão presentes. O tema deve ser assunto do chamado retiro – momento em que os líderes debatem questões políticas. Há, também, a previsão de Dilma se reunir com Santos.

O Brasil e a Colômbia atuam de forma parceira nas operações de resgate de reféns, mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No começo deste mês, aeronaves brasileiras e equipes de especialistas integraram as ações de resgate dos dez últimos militares e policiais mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.

Também estará em discussão na 4ª Cúpula das Américas a questão da segurança internacional da região – Américas do Sul, Central e do Norte. Os presidentes se manifestaram várias vezes preocupados com o aumento das ações dos traficantes de drogas e armas.

Norte-americanos e colombianos negociam a instalação de bases militares dos Estados Unidos na região. O tema divide opiniões entre os países vizinhos, inclusive o Brasil, pois há um temor de ingerência dos Estados Unidos em assuntos internos.