Nova Iorque Uma paralisação de trabalhadores latino-americanos e até uma greve de fome são as primeiras manifestações convocadas ontem contra a deportação da mexicana Elvira Arellano, 32 anos, dos Estados Unidos.
Ela foi deportada no sábado, depois de passar um ano refugiada em uma igreja em Chicago para fugir da expulsão.
Mãe solteira de Saúl, 8 anos, nascido nos EUA, Arellano se tornou ativista pelos direitos dos imigrantes. A revista "Time" a colocou na lista das "pessoas que fizeram diferença em 2006.
Na semana passada, ela deixou a igreja para começar uma campanha no país para pedir uma reforma imigratória. A ativista tinha acabado de fazer um discurso em Los Angeles quando foi presa e deportada.
"Eles se apressaram para me deportar porque viram que eu ameaçava mobilizar e organizar nosso povo para lutar pela legalização, disse Arellano à agência Associated Press.
Como Saúl nasceu nos EUA, ele não pode ser deportado. Ele está com a mãe em Tijuana (México), mas voltará a Chicago, onde começa a cursar o terceiro ano do equivalente ao ensino fundamental americano em setembro, e vai morar na casa de sua madrinha, Emma Lozano.
"O incidente chama atenção para o sofrimento de centenas de milhares de famílias de imigrantes que foram separadas por um sistema imigratório que não funciona, disse Ronald Blackburn-Moreno, presidente da Aspira, uma das maiores organizações hispânicas do país, em Washington.
"Não podemos aceitar essa separação em uma sociedade civilizada", diz.
A Coalização 1.º de Maio pediu que os imigrantes não trabalhem em 12 de setembro nem comprem nada em grandes lojas, como foi feito no ano passado em 1.º de maio. Em 12 de setembro, outro ativista, Victor Toro, será julgado.
No mesmo dia, protestos estão marcados para Washington, Los Angeles e Albany, capital do estado de Nova Iorque, para pedir fim às deportações e uma reforma imigratória justa. Em Nova Iorque, uma greve de fome é organizada pelo movimento pacifista "Troops Out Now (retirada das tropas já).
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