John Demjanjuk, acusado de crimes durante o nazismo, é retirado de sua casa em Ohio nesta terça-feira| Foto: AFP

Uma corte federal de apelações suspendeu "na última hora" nesta terça-feira (13) a deportação para a Alemanha de John Demjanjuk, acusado de crimes sob o nazismo.

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Ele chegou a ser retirado por agentes federais de sua casa em Ohio e levado a um prédio do governo. Na Alemanha, ele seria julgado pela participação no assassinato de cerca de 29 mil judeus.

Demjanjuk, de 89 anos, está com a saúde muito frágil, segundo sua família.

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A acusação diz que ele, como guarda de campo de concentração, ele teve participação em mortes ocorridas em 1943 em Sobibor, na Polônia então ocupada, em que 200 mil pessoas fora assassinadas. Ele é acusado de ter conduzido pessoalmente judeus às câmaras de gás.

Demjanjuk foi examinado por médicos antes de ser tirado de casa, de van.

Ucraniano, ele chegou a ser sentenciado à morte em Israel em 1988, identificado como o sádico guarda "Ivã, o terrível", que agia no campo de Treblinka. Depois, a Justiça de Israel concluiu que ele provavelmente não era Ivã.

Mas as autoridades dos EUA tiraram dele a cidadania americana, acusando-o de ter trabalhado em três outros campos de concentração e de ter escondido o fato ao entrar no país, em 1951.

Demjanjuk deveria ter sido deportado em 5 de abril, mas ganhou tempo dizendo que teve problemas de saúde. Seu filho disse que ele corre risco de vida e que levá-lo à Alemanha seria "uma tortura". Na semana passada, a Imigração conseguiu revogar a ordem judicial que impedia a deportação.

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Demjanjuk nega ter tido qualquer participação no Holocausto. Ele argumenta que entrou no Exército da Rússia em 1941 e que, um ano depois, virou prisioneiro dos nazistas, tendo servido nos campos de concentração até 1944.

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