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Sukarno (à direita), o presidente deposto, e Suharto, o sucessor. | /
Sukarno (à direita), o presidente deposto, e Suharto, o sucessor.| Foto: /

A história dos dois documentários dirigidos por Joshua Openheimmer remete aos acontecimentos do segundo semestre de 1965, quando o general Suharto orquestrou o Movimento 30 de Setembro, um golpe militar que derrubou o governo de Sukarno (1901-1970).

Primeiro presidente do país, Sukarno era um nacionalista que tinha atuado com destaque no processo de independência da Indonésia em relação à Holanda, em 1945.

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Quando o governo Sukarno deu demonstrações da intenção de aliar-se ao bloco comunista, o golpe de Estado que reagiu e manteve o país do lado capitalista inaugurou uma era de repressão violenta.

Estes acontecimentos foram retratados pelo diretor australiano Peter Weir no filme “O Ano Em Que Vivemos Em Perigo” (1982). No filme, Mel Gibson é um repórter inexperiente que chega a Jacarta para cobrir a agitação dos últimos momentos do regime de Sukarno.

O roteiro retrata a boa vontade das nações mais importantes do bloco capitalista, como a Inglaterra e os Estados Unidos, com o golpe militar, algo que os respectivos governos ainda não admitiram oficialmente.

Em 2015, o senador norte-americano Tom Udall, do partido democrata, apresentou um projeto de lei para que o governo americano tirasse o selo de “sigiloso” dos documentos oficiais que envolvem o processo politico da indonésia dos anos 1960.

“Nosso governo continuou o apoio militar e financeiro à Indonésia naquela época... Os Estados Unidos e a Indonésia devem trabalhar para fechar esse capítulo horrível liberando informações e reconhecendo oficialmente as atrocidades que aconteceram. Muitos dos assassinos ainda estão vivos e soltos, e sua impunidade impede a Indonésia de verdadeiramente realizar seu potencial democrático”, diz parte do texto do projeto.

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