A deputada argentina Maria Celeste, que integra a coalizão A Liberdade Avança do presidente Javier Milei na Câmara do país, manifestou nesta quinta-feira (18) seu repúdio à “tentativa de censura a jornalistas e políticos” no Brasil por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O posicionamento da deputada, enviado à Gazeta do Povo, ocorre após o Comitê Jurídico da Câmara dos EUA divulgar na noite desta quarta-feira (17) um relatório acusando Moraes de censurar a direita do Brasil no X.
A Gazeta do Povo disponibilizou a íntegra do relatório, que pode ser lido clicando aqui. O STF, após a divulgação dos documentos, comentou apenas que “todas as decisões do STF são fundamentadas”, e que os documentos apresentados no relatório são apenas ofícios com ordens judiciais enviados às plataformas.
“Como deputada argentina, repudio enfaticamente a tentativa de censura a jornalistas e políticos por parte do juiz Alexandre de Moraes”, disse Celeste, acrescentando que “não me surpreende o que aconteceu, muitos de nós já esperávamos isso, com Lula da Silva como presidente do Brasil”.
“Todos os populismos de esquerda são sustentados por narrativas oficiais e quando surgem vozes discordantes, a censura é normalmente o primeiro mecanismo para as silenciar. Os exemplos são muitos e lamentáveis, especialmente na nossa região”, afirmou a deputada, pontuando que “a liberdade de expressão não está em risco apenas no Brasil, mas também em toda a Europa. Trata-se de um problema global”.
“Comemoro a batalha de Elon Musk para garantir a liberdade de expressão no Twitter [atual X] e em outras redes semelhantes e acredito que, independentemente das visões ideológicas, devemos todos nos unir e fazer denúncias e condenações pertinentes, quando um governo ou um Estado exerce censura direta sobre vozes da oposição”, concluiu a deputada argentina.
Além do relatório, o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA também divulgou um documento onde pediu ao governo de Joe Biden que enviasse todos os documentos e comunicações do Departamento de Estado americano, incluindo aqueles feitos através da Embaixada e consulados dos EUA no Brasil, referentes às ordens emitidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o STF do Brasil, que determinaram a suspenção ou remoção de contas no X ou qualquer outra plataforma de mídia social.
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