Deputada britânica pró-UE é morta depois de ser esfaqueada e baleada

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A deputada trabalhista britânica Jo Cox, de 41 anos, morreu nesta quinta-feira (16) depois que um homem disparou contra ela e a esfaqueou em plena luz do dia em Birstall, norte da Inglaterra, informou a polícia.

“Entristece-me anunciar que morreu em consequência de seus ferimentos”, afirmou Dee Collins, porta-voz da polícia do condado de West Yorkshire.

Cox, mãe de dois filhos, foi atacada em Birstall, no norte da Inglaterra, e levada de helicóptero a um hospital de Leeds. Ela era partidária da permanência do país na União Europeia e, segundo vários meios de comunicação, seu agressor gritou “Reino Unido primeiro!”, um lema da ultradireita britânica.

O marido da deputada britânica morta em um ataque nesta quinta-feira afirmou em um comunicado que ela “acreditava em um mundo melhor e lutava por isso todos os dias”. Seu marido, Brendan Cox, disse que ela gostaria de ver todos unidos “para lutar contra o ódio que a matou”.

“Hoje é o início de um novo capítulo em nossas vidas. Mais difícil, mais doloroso, menos alegre, menos cheio de amor. Eu, os amigos de Jo e sua família trabalharemos todos os momentos de nossas vidas para amar e nutrir os nossos filhos e lutar contra o ódio que matou Jo”, disse Brendan.

Campanhas suspensas

As duas campanhas em torno do plebiscito sobre a manutenção do Reino Unido na União Europeia suspenderam suas atividades nesta quinta por conta do ataque.

“Suspendemos todos os atos de campanha durante o dia. Nossos pensamentos estão com Jo Cox e sua família”, afirmou a campanha “Vote In” em seu Twitter.

O premiê britânico, David Cameron, declarou pela internet estar “muito preocupado” com o ataque.

Suspeito de assassinato de deputada britânica é descrito como solitário e quieto

Thomas Mair foi identificado por moradores de Birstall, na Inglaterra, como o homem que matou a deputada trabalhista Jo Cox nesta quinta-feira. Mair, de 52 anos, foi descrito por vizinhos como um homem solitário e discreto.

Embora a polícia ainda não tenha confirmado o nome do detido, sua casa foi revistada, segundo a imprensa britânica. Mair mora sozinho, não costuma receber visitas e gosta de jardinagem.

“Eu o conheço desde a juventude. Ele morava com a avó naquela casa, mas ela morreu há alguns anos. Ele é um pouco solitário. É chocante. Ele trabalhava nos jardins de todos”, contou um vizinho que não quis se identificar. “Não tenho nada de ruim para falar dele”.

Outro vizinho contou que Mair não costuma conversar muito, confirmando que era um morador antigo na área. “Não posso acreditar. Seria a última pessoa em quem eu pensaria”, disse outro.