A republicana María Elvira Salazar quer que a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) seja incluída na Lista de Entidades de Preocupação Especial do Departamento de Estado americano| Foto: EFE/Lenin Nolly
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A presidente do Subcomitê do Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a republicana María Elvira Salazar, enviou uma carta ao governo americano para pedir que a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), partido do ditador nicaraguense, Daniel Ortega, seja incluída na Lista de Entidades de Preocupação Especial do Departamento de Estado por violações da liberdade religiosa.

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No documento, encaminhado nesta segunda-feira (18) a Rashad Hussain, embaixador geral dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, Salazar, congressista da Flórida, cita o recente fechamento da Universidade Centro-Americana (UCA), vinculada aos jesuítas; a revogação do status legal da própria Companhia de Jesus na Nicarágua; e a prisão do bispo Rolando Álvarez, condenado em fevereiro a 26 anos de prisão por “traição à pátria”.

“A Frente Sandinista é o braço político do sangrento regime de Ortega-[Rosario] Murillo [esposa do ditador e vice-presidente da Nicarágua] e os seus crimes contra os fiéis católicos não podem continuar impunes”, disse Salazar em comunicado à imprensa.

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“Os crimes da Frente Sandinista contra os católicos na Nicarágua estão bem documentados. É hora de adicionar os sandinistas à Lista de Entidades de Preocupação Especial, agora!”, afirmou a congressista, que é filha de exilados cubanos.

No comunicado, Salazar comentou que os sandinistas “têm uma longa história de intolerância religiosa e perseguição, começando na década de 1980 com ameaças contra a comunidade judaica do país e o incêndio e profanação da sua única sinagoga”.

Nos últimos anos, as maiores vítimas têm sido os católicos. A Nicarágua intensificou desde o ano passado a perseguição à Igreja Católica, com prisões e expulsões de religiosos do país, apropriação de bens, congelamento de contas e proibição de atividades, como procissões e funcionamento de entidades vinculadas aos cristãos.

O ditador Daniel Ortega acusa a Igreja de tentar derrubá-lo, por ter apoiado e acolhido manifestantes dos protestos pró-democracia de 2018.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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