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Argentina

Deputado argentino pede “controle de natalidade” para reduzir pobreza no país

Crianças em volta às aulas de escola de Buenos Aires, em fevereiro de 2021. (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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O deputado argentino José Luis Espert, do partido Avança Liberdade, gerou críticas ao advertir que o país vai se tornar "uma gigantesca favela" se não começar a "colocar algum tipo de controle" sobre a taxa de natalidade, limitando os planos de assistência social e da promoção de medidas educacionais e trabalhistas.

Segundo Espert, a taxa de crescimento da população de famílias pobres é 4 a 5 vezes maior do que a da população de classes média e média alta.

"Isso significa que, se a Argentina não limitar a natalidade das famílias pobres, será uma favela gigantesca em mais meio século depois de 60 anos de decadência", declarou o legislador ao portal de notícias Infobae.

O também economista propõe auditar os planos sociais concedidos pelo governo e limitar aqueles que têm "dois filhos e não mais" ao Benefício Universal por Filho (AUH, na sigla em espanhol), um subsídio mensal criado em 2009 no governo de Cristina Kirchner, atual vice-presidente do país, e que pode ser escolhido pelo pai ou mãe de menores de 18 anos e que esteja desempregado, seja trabalhador informal, trabalhador de serviços domésticos ou autônomo de baixa renda.

“Se cada pessoa beneficiária dos planos for subsidiada por cada filho que tiver, a pessoa não terá nenhum controle sobre a taxa de natalidade. Você tem que ter uma paternidade responsável. As crianças têm que ser amadas para que venham ao mundo, porque se crianças não amadas vierem ao mundo, essas crianças não amadas não receberão o carinho que merecem, serão maltratadas, provavelmente serão estupradas e estaremos formando criminosos, estupradores e assassinos no futuro", acrescentou.

O deputado estava convencido de que alguns setores decidem ter filhos para obter mais planos sociais: "Alguns pobres querem ter filhos para receber o benefício, mas outra parte tem filhos porque não sabem se cuidar, não tem controle de natalidade".

Nesse sentido, ele disse que a solução está em transmitir cultura e incentivar as pessoas a completar os estudos e aprender uma profissão.

"Quando falo em controle de natalidade não estou falando em ligar as trompas, não. Isso é uma ideia nazista. Eu digo que o ensino deve ser feito nas favelas, nas áreas marginais. O controle da natalidade é fazer cultura sobre a paternidade responsável. As crianças têm que vir ao mundo amadas, têm que ser desejadas, procuradas", declarou.

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