Gilber Caro, deputado venezuelano da oposição, detido pelo Sebin | Foto: Reprodução/Twitter| Foto:

A Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, denunciou a prisão arbitrária do deputado Gilber Caro na madrugada desta sexta-feira (26). A instituição culpou o regime chavista e alegou que a imunidade parlamentar do deputado foi violada.

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"Fazemos responsável o regime usurpador pela vida e integridade do deputado", tuitou a instituição.

A deputada Adriana Pichardo disse, segundo o site Efecto Cocuyo, que o incidente foi relatado em uma área de Las Mercedes, em Caracas, enquanto o deputado jantava com alguns conhecidos. Caro teria sido levado pelo Sebin, o serviço de inteligência de Nicolás Maduro que também prendeu o deputado Juan Requesens e Roberto Marrero, o chefe de despacho do gabinete do presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó (ambos ainda na cadeia).

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Caro pertence ao Voluntad Popular, mesmo partido de Guaidó. Ele já havia sido detido anteriormente, acusado de "traição à Pátria" pela ditadura de Nicolás Maduro. Depois de mais de um ano no cárcere, foi libertado em junho de 2018.

Segundo jornais locais, Caro se transformou em um símbolo dos presos políticos venezuelanos. Foi torturado, ficou na mesma cela de presos comuns e fez greve de fome. Quando saiu da prisão, sob medidas cautelares, estava muito debilitado, mas se recuperou.

Pichardo também alertou que a ação contra Caro é um ataque à Assembleia Nacional e a Guaidó. "Nós não sabemos qual foi o motivo da prisão, eles querem envolvê-lo em qualquer plano macabro. Esse sequestro é uma medida para tentar nos dobrar e nos fazer recuar antes do dia 1º de maio. Mas nós estaremos na rua levantando nossas vozes", disse a deputada, em referência ao protesto nacional convocado por Guaidó na próxima semana.