Os deputados federais Protógenes Queiroz (PSOL-SP) e Brizola Neto (PDT-RJ), que pretendiam chegar a Líbia para "conhecer de perto a situação do país", estão retidos na Tunísia e não conseguem chegar a seu destino. Os dois parlamentares, que viajaram a convite de uma organização não governamental líbia, informaram em seus respectivos blogs que o governo de Muamar Kadafi, que os receberia, informou não ter condições nesse momento de garantir sua segurança.

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"O governo líbio diz que, neste momento, não tem como oferecer garantias ao nosso deslocamento, sobretudo contra ações aéreas e disparos de longo alcance", disse Brizola Neto em seu blog. Também em seu blog, Protógenes acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pela falta de segurança para entrar na Líbia e "repudia" as ações.

"A ação está interrompendo a estrada que liga a Tunísia à Líbia e impedindo a entrada de ajuda humanitária àquele país, assim como o simples direito de ir e vir dos cidadãos", disse. "De antemão, fica possível atestar que a Otan está extrapolando os princípios e objetivos da sua atuação em território líbio, posto que na região atingida não se encontravam, até o início dos ataques da Otan na segunda-feira, forças militares governamentais ou quaisquer milícias que pudessem representar perigo às forças rebeldes", afirmou.

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A viagem dos dois deputados não é oficial. Nenhum contato foi feito com o Itamaraty, que ignora as ações dos parlamentares. Brizola Neto e Protógenes não são nem mesmo membros - efetivos ou suplentes - da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. A viagem está sendo custeada por uma organização não governamental Fact Finding Commision on the Current Events in Lybia, mas a intermediação foi feita diretamente pela embaixada do país no Brasil.