O Partido Trabalhista de Israel, de centro-esquerda e liderado pelo ministro da Defesa, Ehud Barak, corre o risco de se dividir. Um grupo de parlamentares ameaçou nesta terça-feira deixar a legenda em protesto contra sua falta de ação para a retomada das negociações de paz.
O deputado trabalhista Eitan Cabel disse ser um entre quatro dos 13 membros da bancada parlamentar do partido que estão lançando um movimento para pressionar Israel a renovar as estancadas negociações de paz com a Síria e os palestinos.
Cabel declarou à Reuters que o grupo exige "muito mais ativismo de Israel para fazer o processo de paz avançar" e poderia deixar o partido, a menos que Barak dê atenção à sua mensagem, uma atitude que poderia enfraquecer o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A ameaça fez surgir o risco de que a coalizão fragmentada de Netanyahu, formada há sete meses, se torne vulnerável não só às pressões dos ultranacionalistas contra a interrupção da expansão dos assentamentos judaicos, mas também às exigências de moderados que buscam mais ações diplomáticas.
Netanyahu tem o apoio de 71 dos 120 parlamentares, mas sua coalizão é constituída de uma instável aliança de parceiros improváveis, tais como os trabalhistas de Barak e as facções religiosas e de extrema direita.
Cabel, um parlamentar veterano removido meses atrás da direção da legenda depois de criticar a aliança com Netanyahu, acusou Barak de "destruir o Partido Trabalhista e agora destruir a esquerda" ao não pressionar com vigor para a retomada das conversações de paz.
As negociações palestino-israelenses entraram em colapso depois da guerra na Faixa de Gaza, em dezembro, e os esforços para revivê-las fracassaram até agora, apesar do empenho do enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, que é esperado nesta semana novamente na região para novas conversações.
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