O Parlamento venezuelano foi palco na noite de terça-feira de mais um confronto causado pela tensão política criada após a eleição do chavista Nicolás Maduro para a presidência.
Durante uma sessão regular, deputados governistas e opositores trocaram socos dentro do plenário. Segundo a oposição, ao menos sete parlamentares de sua bancada saíram feridos.
A confusão começou após os opositores terem seu direito à palavra negado na sessão. A decisão foi tomada pelo presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, em retaliação ao não reconhecimento do governo de Maduro pela oposição.
Segundo os membros da opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), os governistas partiram para cima de seus deputados assim que eles começaram a protestar contra a imposição de Cabello. Já os chavistas acusam os opositores de iniciar a violência.
Com o olho roxo e o rosto inchado, o deputado Julio Borges disse ao canal Globovision não ter sido o único agredido. "Eles podem nos bater, nos prender, nos matar, mas nossos princípios não se vendem", afirmou. "Esses golpes nos dão mais força."
Em seu Twitter, Borges acusa o deputado Michael Reyes, do chavista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), de tê-lo espancado quando tentava abrir um cartaz com os dizeres "Golpe no Parlamento".
O deputado opositor Dinorah Figuerah disse que o colega Américo De Grazia teve de ser levado à enfermaria do Congresso após o confronto. "Ele foi agredido de forma selvagem ao tentar me proteger dos golpes dos governistas."
Tributo a Chávez marca eventos de 1.º de maio nas ruas de Cuba
Efe
As homenagens a Hugo Chávez deram o tom ontem da celebração do 1º de maio em Cuba, onde as imagens e os elogios ao falecido líder venezuelano marcaram as marchas realizadas na ilha e convocadas este ano sob o lema: "Por um socialismo próspero e sustentável". O rosto de Chávez estava em muitos dos cartazes que os cubanos exibiram ontem para celebrar o Dia Internacional dos Trabalhadores, em uma jornada que o presidente Raúl Castro liderou com outros membros do governo na emblemática Praça da Revolução de Havana.
O desfile popular convocado pela Central de Trabalhadores de Cuba (CTC, sindicato único) começou às 7h30 locais (9h30 de Brasília) e durou uma hora e meia, enquanto em outros pontos da ilha foram realizadas manifestações.
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