A emissão de gás metano pelo derretimento do solo congelado no Ártico vai acelerar a mudança climática e trará um prejuízo global de US$ 60 trilhões até 2100.
Mais de 80% dos danos, dizem os autores da estimativa, serão em países pobres, longe dos ursos polares.
Esses números são os valores médios de uma simulação feita por cientistas da Holanda e do Reino Unido, apresentada na revista Nature.
Para entrelaçar economia e ambiente, os cientistas usaram um método similar ao do relatório Stern, o modelo mais completo já feito sobre o impacto financeiro do aquecimento global, bancado pelo governo britânico em 2006.
O pesquisadores incluíram na nova simulação as consequências da liberação de metano do permafrost (solo permanentemente congelado) da Sibéria. Esse gás deve acelerar o aquecimento global e contribuirá para piorá-lo.