O governo de Barack Obama, do Partido Democrata, procurou nesta quarta-feira minimizar as derrotas eleitorais nos estados da Virgínia e Nova Jersey, que analistas políticos dizem ter servido como alerta para os democratas em relação à votação de 2010.
Com medo da economia enfraquecida dos Estados Unidos, os norte-americanos escolheram republicanos nas eleições para governador na Virgínia e Nova Jersey, na terça-feira, impondo a derrota aos candidatos democratas, apesar de Obama ter ido pessoalmente a esses estados fazer campanha para eles.
Em vez de tratar da disputa eleitoral em Nova Jersey e Virgínia, a Casa Branca procurou enfatizar a vitória democrata em uma disputa no estado de Nova York por uma cadeira no Congresso, durante a qual ficaram evidentes as divisões no Partido Republicano.
Os republicanos, por sua vez, estavam empolgados, dizendo que estão se fortalecendo e esperando criar impulso para as eleições de renovação do Congresso em 2010, depois de terem amargado duras derrotas em 2006 e 2008.
"O renascimento republicano começou", disse Michael Steele, presidente do Comitê Nacional Republicano.
O desdobramento eleitoral ocorre um ano depois de Obama ter conquistado uma retumbante vitória, tornando-se o primeiro negro a presidir os EUA, e num momento em que muitos norte-americanos estão demonstrando impaciência pelo fato de a mudança prometida por ele ainda não ter dado frutos.
Analistas políticos disseram que a votação nos dois estados deve acionar algum alarme para os democratas de olho nas eleições legislativas de novembro de 2010, quando os norte-americanos elegerão os 435 membros da Câmara dos Deputados e renovarão um terço das cem cadeiras do Senado.
Normalmente, o partido no poder costuma perder cadeiras na primeira eleição legislativa após a posse de um novo presidente. Portanto, Obama terá agora o desafio de defender sua forte maioria no Congresso.
O especialista em política Norm Ornstein, do American Enterprise Institute, disse que a perda dos votos de eleitores independentes pelos democratas, na eleição de terça-feira, poderia criar um "clima de medo" e complicar os esforços do partido para aprovar este ano uma ampla reforma no sistema de saúde do país.
Questionado sobre as implicações das derrotas, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que a eleição dos governadores se baseou "em questões locais que não envolveram o presidente", mas admitiu que as questões econômicas estiveram na mente dos eleitores.
A taxa de desemprego no país alcançou 9,8 por cento apesar de o governo ter aprovado um pacote de estímulo à economia no valor de 787 bilhões de dólares.
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