Novo estado
Porto Rico terá de falar inglês, diz Santorum
Reuters
O pré-candidato republicano a presidente dos EUA Rick Santorum disse ontem em Porto Rico que a população local precisa adotar o inglês como primeira língua se quiser virar um estado dos EUA algo que contraria a Constituição norte-americana. Santorum viajou ao território caribenho oficialmente um "estado associado" dos EUA para fazer campanha com vistas à eleição primária de domingo, na qual ele, Mitt Romney e Newt Gingrich disputam 20 delegados para a convenção nacional que vai escolher o candidato republicano à Presidência.
Porto Rico tem o inglês e o espanhol como línguas oficiais, embora a segunda seja muito mais usada. Em novembro, a ilha realizará um referendo para decidir se pleiteia a ascensão a estado norte-americano ou se mantém o status atual.
Favorito para ser indicado como o candidato republicano à Presidência dos EUA, o conservador moderado Mitt Romney amargou mais duas derrotas em estados sulistas anteontem para o rival Rick Santorum e já ouve pedidos para rever a campanha.
No Alabama e no Mississippi, o ex-governador de Massachusetts perdeu não só para o principal rival, ultraconservador, como para o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, cuja candidatura está naufragando.
Romney venceu no terceiro estado a votar terça, o Havaí. Mas a conquista, além de pesar menos, foi ofuscada pelo fato de, até agora, ele não ter recebido a chancela do eleitor mais à direita.
Pesquisas o colocam na frente, e a matemática favorece Romney o candidato é eleito na convenção partidária por delegados estaduais distribuídos conforme o que dizem as urnas, e ele soma 468 dos 1.144 necessários contra 237 de Santorum. Mesmo assim, já pipocam pedidos no partido para o moderado rever a campanha.
"Recado para Mitt R: por favor, por favor, pare de falar em delegados e processo [político]. Concorra à Presidência, não a dirigente partidário local", tuitou o estrategista republicano Mike Murphy.
Romney mantém o discurso de que o que vale é sair-se razoavelmente bem no porcentual de votos em cada estado para obter delegados.
Após as derrotas no sul, porém, analistas questionam o impacto moral da tática sobre o eleitor. "A questão toda é psicológica", diz o professor de política David Gergen, da Universidade Harvard.
Discurso
Votar nos EUA não é obrigatório, e a impressão de que seu candidato é fraco pode desestimular o simpatizante do partido de ir às urnas na eleição para valer, em novembro. O discurso tíbio tampouco mexe com o cobiçado eleitor sem filiação partidária.
Santorum, por sua vez, tem de lidar com a rejeição dos principais dirigentes do partido, que o veem como populista ou radical e que também votam na convenção.
Mas com as vitórias de anteontem e com a perspectiva de ganhar na também sulista Louisiana no dia 24, ele se consolida como alternativa para os ultraconservadores.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast